No último domingo, 6 de abril de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reunindo aproximadamente 45 mil apoiadores. O ato teve como principal objetivo defender a anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foram invadidas e depredadas.
Durante o discurso, Bolsonaro se posicionou como vítima de perseguição política, comparando sua situação à de líderes de direita internacionais, como Marine Le Pen e Donald Trump. Ele afirmou: “Me querem caçar como caçaram a Le Pen, como tentaram com Trump e como fizeram na Romênia.” O ex-presidente também enfatizou que não pretende fugir e que permanecerá no Brasil para enfrentar as acusações.
A manifestação contou com a presença de sete governadores, incluindo Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e considerado um possível sucessor político de Bolsonaro. Freitas destacou a urgência da anistia para pacificar o país. Além disso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro incentivou a mobilização feminina em prol da causa.
O Partido Liberal, ao qual Bolsonaro é filiado, está promovendo um projeto de lei de anistia que ainda aguarda debate na Câmara dos Deputados. A figura de Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por vandalismo durante os distúrbios de 8 de janeiro, tornou-se símbolo da campanha pela anistia.
Paralelamente, Bolsonaro enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal por sua suposta participação nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Ele está inabilitado para concorrer a cargos públicos até 2030, mas planeja uma série de viagens pelo Brasil para manter sua influência política visando as eleições presidenciais de 2026.
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